No Brasil não nos basta ter uma boa casa, temos que ter uma melhor que a do vizinho. Só esta máxima já explicaria uma parte da maneira como construímos e nossas diferenças em relação aos canadenses e norte-americanos. O pensamento mais hegemônico nestes países é o de viver em uma boa comunidade, ter bons vizinhos, mesmo que isso signifique morar em casas parecidas, cujas placas pré-moldadas vem em escala industrial. Menos individualização, menor custo.
As construções nos Estados Unidos, especialmente na Flórida, diferem das brasileiras devido a fatores históricos e culturais. Enquanto os EUA, colonizados em regiões frias com abundância de madeira, adotaram a construção em madeira como isolante térmico, o Brasil, colonizado em áreas litorâneas com árvores menores, utilizou materiais como pedra e areia.
No Brasil, a construção ainda é majoritariamente artesanal, com uso intensivo de concreto e mão de obra especializada, o que a torna mais cara e demorada. A falta de uma indústria de materiais de construção a seco desenvolvida e o alto custo do ar condicionado, essencial para controlar a umidade em casas de madeira e drywall, também dificultam a adoção desse sistema no Brasil.
As casas americanas são projetadas para resistir a ventos fortes e terremotos, graças à flexibilidade da madeira. A impermeabilização é um fator crucial para a durabilidade das casas, prevenindo o desenvolvimento de microrganismos que danificam os materiais.
O uso de drywall, placas de gesso acartonado, agiliza o processo de construção e reduz custos, dispensando o trabalho de nivelamento e acabamento das paredes. As portas e janelas de PVC são padronizadas, o que facilita a produção em massa e reduz custos.
As casas também possuem respiradores no telhado para retirar o ar quente e garantir o isolamento térmico. As escadas são feitas de madeira compensada, agilizando a construção e reduzindo custos em comparação com as escadas de concreto utilizadas no Brasil.
A maioria das casas americanas são construídas por grandes construtoras, com projetos padronizados e produção em massa, o que garante rapidez e eficiência, mas limita a criatividade e a individualidade dos projetos. As casas americanas são entregues com gramado e jardim, sem muros ou grades, e a harmonia visual é mantida pela associação de moradores, que estabelece regras para cores e manutenção.
Em resumo, a construção nos EUA prioriza a rapidez, o baixo custo e a eficiência, utilizando materiais pré-fabricados e padronizados. No Brasil, a construção ainda é mais artesanal e personalizada, mas mais cara e demorada.
“O que aprendi sobre liderança com a série ‘The Bear’, ou ‘O Urso’”
“Chef, chef, chefs!” Aos gritos, chefs de cozinha de toda parte se referem uns aos outros, em um ambiente de extrema pressão, pelo mesmo tratamento: